quinta-feira, 15 de abril de 2010

Review - Episódio 1x07 "John May"


Verdade seja dita: John May tinha tudo para ser o melhor episódio da temporada. Acertou pela trama ágil e cheia de respostas, mas errou feio por causa do roteiro cheio de furos, direção falha, mas principalmente por ter ficado aquém das expectativas em torno do episódio que mostraria o passado do líder da Quinta Coluna.

“John May doesn’t live!”
O foco do episódio foi o passado de John May, o cara responsável por criar a Quinta Coluna, mas, acima de tudo, um alienígena lutando por seus sentimentos e sua família – assim como vários personagens da série. Tanto que ele foi capaz de sacrificar a própria vida em nome desse bem maior. Aliás, qual não foi nossa surpresa ao descobrirmos que Ryan era um dos assassinos de Anna, responsável pela morte de John? Sinceramente, acho que essa morte dele foi um blefe. Não à toa ela não foi mostrada. No mais, a presença de Michael Trucco (de "Battlestar Galactica") valeu o ingresso, foi bom descobrir um pouco mais sobre o passado dos personagens, e os flashbacks funcionaram bem.

“Luke, eu não sou seu pai...”
Eu tô ficando com um ódio dessa Lisa... Eita vilãzinha ruim dos infernos. Depois de praticamente invadir a casa de Joe (sem que Tyler desconfiasse de nada), ela ainda foi capaz de ficar ouvindo atrás das paredes e contar para Tyler o segredo da vida dele (sem que ele desconfiasse de nada). Parece que o amor pela alienígena deixou Tyler cego, porque ele está muito, mas muito burro! Mas até que eu entendo ele... Se estivesse com uma Lisa daquelas, eu também preferiria não ver, ouvir ou falar nada. Só ela, claro. Mas afinal, Joe é ou não o pai do garoto? Segundo Erica, é. Segundo os médicos, não é. Daqui a pouco eu vou começar a achar que ele foi concebido pelo Divino Espírito Santo. É a única resposta plausível...

Valerie abre os olhos
Mais um furo do episódio: como assim Valerie vive com Ryan há tantos anos e nunca notou aquela porta secreta no fundo do guarda-roupa? Pelo que eu saiba, ela não tem empregada, então ela deveria arrumar os armários, não? Bem, pelo menos ela descobriu os reais ultrassons de seu bebê, e o melhor: ele tem um rabinho! Agora Ryan está numa sinuca de bico, e vai ter que contar seu segredo para a esposa, que está fugida. Vamos ver para onde ela foi, e para onde essa conturbada história nos levará.

Chad dá uma de espertinho
Depois que o Padre Jack abriu seus olhinhos, Chad começou a ficar esperto com relação aos V’s. Deu pra ver que ele ficou bem cismado quando começou a analisar as fitas com as entrevistas com os selecionados para participar do programa “Viver a Bordo” de Anna. Mas o que afinal ela quer com pessoas que nada mais são do que “brinquedos quebrados”, segundo Chad? A cada episódio, o plano da moça fica mais difícil de entender. Mas eu fiquei bastante cismado quando ela disse que precisava de “corpos” na nave. Como assim corpos? Estaria ela interessada em usar carne humana para uma rede intergaláctica de fast-food? Alguém aí já viu “Trash: Náusea Total”? Alguém percebeu que isso foi uma piada em cima da história absurda desse filme? Veremos...

Antes ele...
Até que enfim morreu algum personagem principal nessa série! Se bem que Georgie não era tão principal assim, mas sua morte foi muito bem-vinda. Mas isso acabou deixando mais um furo no episódio: porque os V’s não colocaram vigilantes e câmeras de segurança para vigiar alguém tão importante para eles quanto Georgie? Que mancada, hein Anna!

Por falar no capeta...
Medo. Foi o que eu fiquei depois de ver Anna agindo de forma estranha, cheia de fraquezas, mas principalmente na cena final, em que ela desova na água. Mais uma cena onírica envolvendo a personagem (vale citar o momento em que ela dá uma de Isadora Ribeiro saindo da água na clássica abertura do "Fantástico"), que teria ficado excelente não fosse a edição que misturou essa cena com a anterior na maior cara de pau. Mas ainda assim deixou os fãs apreensivos quanto às reais intenções da alienígena.

Vale mencionar:
A cena da luta entre Erica e Grace foi um dos melhores momentos do episódio no quesito direção. O diretor Jonathan Frakes mostrou que é bom nas cenas de ação, mas um fiasco total quando o assunto é buscar o lado sentimental e dramático dos atores. Vide Padre Jack chorando com a morte de Georgie e Erica tentando se explicar para o filho. Foram cenas bem forçadas, ficou evidente que os atores estavam forçando as lágrimas. Da próxima, chamem ele para dirigir o quebra-pau! O dramalhão, que fique com outro diretor mais competente! E tenho dito!

Nota: 8,5

2 comentários:

Anônimo disse...

A história de "V" parece meio perdida, típico de um roteirista que estivesse inventando os acontecimentos na hora (ou seja, igual a "Lost", que não tem pé nem cabeça).

Espero que melhore daqui em diante.

Sleeper disse...

"Mas eu fiquei bastante cismado quando ela disse que precisava de “corpos” na nave. Como assim corpos?"

Simples: ela não tá dando a luz a um novo exército? Obviamente eles não vão nascer com corpos humanos, ou seja, o pessoal que for fazer parte daquele programa de "viver na nave" vão servir de hospedeiros para os Vs que estão pra nascer.