Depois de um ótimo começo de temporada, “V” dá uma pausa na ação e abre espaço para discussões religiosas em Serpent’s Tooth.
O Dente da Serpente
O episódio girou em torno de homens-bomba atacando os centros dos V’s, e Erica e o FBI tentando encontrar as pessoas por trás desses atentados. Porém, o que Erica não contava era que sua parceira é uma Visitante, e acaba surpreendendo-a no final do episódio. Acho que os roteiristas podiam ter guardado a informação sobre Sarita para este episódio, ao invés de terem revelado isso na primeira temporada. Seria uma revelação bem mais bombástica, e que deixaria um gancho bem maior para o próximo episódio.
“Woman of Science, Woman of Faith”
Descobrimos também que Anna manteve sua mãe prisioneira por 15 anos, enquanto os outros Visitantes acreditam que ela está morta. Agora, Anna foi buscar a ajuda de sua mãe para entender as emoções humanas, e Diana explica para a filha que a alma é o centro das emoções, e não pode ser encarada de uma perspectiva científica. Anna então decide usar o que aprendeu sobre a alma humana e usa a filha de Ryan para tentar trazê-lo para seu lado. Destaque para a cena em que Anna alimenta o bebê com um rato: os efeitos foram tosquíssimos, mas foi uma divertida homenagem à cena em que Diana devora um hamster na série original.
Toda essa coisa sobre religião vs. ciência poderia ter rendido uma ótima discussão, mas em “V” definitivamente isso não funcionou. Essa história de alma soou muito forçada e piegas. “V” é uma série sci-fi, com possibilidades ilimitadas, e os roteiristas usam essa saída fácil e previsível.
Desenvolvendo os personagens
Confesso que fiquei um pouco decepcionado com esse episódio. Com uma temporada de apenas 10 episódios, era de se esperar que a trama tivesse um ritmo um pouco mais rápido. Mesmo assim, essa temporada está tendo um desenvolvimento de personagens bem melhor que a primeira. Estamos aprendendo mais sobre cada um nesta temporada, e esse é um ponto positivo.
Gostei do fato de Jack ter voltado a ser o que era antes, parecia que ele tinha perdido um pouco suas características no final da temporada passada. E também toda essa discussão sobre religião serviu para que ele tivesse um espaço de tela um pouco maior, não ficando em segundo plano como costuma ficar. Também estou bastante curioso para saber o que acontecerá com Ryan, se ele continuará fiel à Quinta Coluna ou se irá se render a Anna.
Espero que o próximo episódio recupere o ritmo do começo da temporada. Seria bom para “V” conseguir uma terceira temporada, e, para isso, os roteiristas precisam deixar a trama mais empolgante e imprevisível.
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